Quem é Dr. Fleury Johnson – médico e atual gerente global de saúde do Nubank

Dr. Kwegir Fleury Johnson

“De onde eu venho, nada cruza seu caminho por acaso e tudo acontece em seu tempo. Agora, sou o novo Global Health Manager (Gerente global de Saúde) do @nubank e vou contribuir para uma gestão em saúde que siga contemplando os melhores valores humanos, a fim de que as pessoas possam ter a melhor experiência possível quando precisam de cuidados e atento às especificidades de cada um” — JOHNSON, FLEURY.

Dr. Kwegir Fleury Johnson chegou ao Brasil em 2011 para se graduar em Medicina, sonho antigo do estudante natural de Togo, país do continente africano. E, estudar fora de seu país é tradição antiga dos jovens africanos, e após ter o visto negado para se graduar na França e passado um período estudando em Guiné, foi aconselhado por um professor a termina a sua formação no Brasil, e assim, o fez. Devido sua origem, o Dr. Fleyry Johnson fala francês, mina e ewe. Estuda e produz pesquisas sobre a saúde da população negra, além do trabalho com políticas públicas em saúde.

Ao finalizar a residência em Clínica Médica pelo Hospital Pasteur, no Méier, RJ, sendo oficialmente um médico clínico, após graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), segue para especialização, agora iniciando a residência em Cardiologia no Quinta D’or. E, a escolha por cardiologia não foi por acaso, foi motivada pelo amor em poder trabalhar com hipertensão, condição frequente a população negra ligada ao sistema circulatório. Como profissional de medicina, tem o propósito em praticar o ofício com linguagem simples.

Dr. Kwegir Fleury Johnson

Fleury Johnson, como a maioria dos negros afro-brasileiros afirma que a medicina não o isenta de enfrentar o racismo estrutural predominante no Brasil explanando sobre suas ideais, dificuldades e principalmente sobre o que é ser negro, estrangeiro e médico no Brasil. O Dr. Fleury Johnson não esconde sua forte relação com o SUS e o sonho de poder implantar o sistema em seu próprio país.

Mas nem tudo foram flores no caminhar de sua formação médica, enfrentou dificuldade financeira, pois não era permitido que trabalhasse conforme era previsto no programa de convênio a que foi contemplado, sendo prometido apenas uma bolsa para se manter. E, com uma bolsa de R$ 600,00, somente a partir do segundo ano da graduação, garantia apenas o valor do aluguel sendo que outras despesas eram mantidas por seus pais e com as poucas aulas de francês que conseguia ministrar. Foram tempos difíceis, sem ter com quem dividir o tamanho dos desafios enfrentados, que além do preconceito direcionado ao negro vindo do continente africano, ainda esbarrava na total falta de referência e pertencimento numa sala de universidade, onde era o único estudante negro.

A escolha para trabalhar no SUS pelo jovem Dr. Fleury  se deu pela admiração por haver um serviço médico dirigido a população carente de forma gratuita, sendo que em seu país não existe esse benefício a população sem acesso ao serviço particular. E como sabemos, o SUS oferece isso para as pessoas, além do fato de que a maioria das pessoas atendidas no SUS  são negras, e para o médico Fleury, poder fazer a diferença na vida da nossa população negra é o que lhe motiva a trabalhar no Sistema Único de Saúde, mesmo com a falta de estrutura em certos momentos, até para ser feito um diagnóstico adequado. Poder trabalhar com a população negra, deixa o médico muito feliz, principalmente por saber ser uma inspiração aquelas pessoas atendidas por ele, sendo, ainda, tão poucos, os doutores negros no Brasil.

Acompanhe o trabalho e o dia a dia do Dr. Fleury Johnson em seu Instagram onde há ótimas dicas e orientações de saúde.

 

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